O dinheiro de minha senhora, de Wilkie Collins, é para todos os amantes de cães!
Isabel Miller – uma bela e doce moça – foi adotada por lady Lydiard, uma baronesa poderosa, que a amava como filha, mas deixava claro que a pobre moça era órfã de um simples químico. Quando uma nota de quinhentas libras, que se destinava à caridade, desaparece de um envelope não lacrado na casa da lady, Isabel é a principal suspeita.
Escrito no estilo típico de Wilkie Collins, com mistério e humor, O dinheiro de minha senhora é uma leitura contagiante!
SOBRE O SISTEMA DE CLASSES NA INGLATERRA VITORIANA
Robert Moody é um cavalheiro filho de um banqueiro falido, que, para sobreviver, teve que se sujeitar a ser administrador de lady Lydiard. Na mansão, ele desperta e paixão de todas as criadas, mas o coração de Moody pertence a Isabel, a filha adotiva da baronesa. Quando Tommie, o cachorro de estimação de lady Lydiard – que escolheu Isabel como dona –, adoece, o sobrinho da lady, Mr. Felix Sweetsir, sugere que ela chame o negociante de cavalos de raça, Alfred Hardyman, para ver o animal. Quando Alfred vê Isabel, apaixona-se por ela, mas entre eles há um abismo social, ele é o filho caçula de um nobre, e ela, órfã de um pobre químico. Com o roubo, Isabel terá que lutar para provar sua inocência e, sobretudo, lutar para descobrir qual dos dois cavalheiros roubou seu coração. Tommie, o cachorro de lady Lydiard, terá um papel tão importante quanto alguns dos personagens principais.
O AUTOR
Wilkie Collins (1824-1889) foi um dos primeiros mestres do mistério e do suspense, escrevendo clássicos como A pedra da lua, A mulher de branco e A dama e a lei. Na época da publicação deste conto, suas obras eram ainda classificadas como “romances de sensação”, um subgênero agora visto como um precursor da ficção de mistério e suspense.
Ele era um grande amante dos animais e invariavelmente havia animais de estimação em Gloucester Place, casa em que morava com Caroline Graves. Seu cachorro muito amado, chamado Tommie, apareceu neste livro, escrito em homenagem ao cãozinho, que morreu em 28 de agosto de 1885. Ele também amava os gatos e muitas vezes havia um em sua casa. Ele escreveu em seu romance As folhas caídas, livro dedicado a Caroline Graves e lançado em 1879: “Há períodos na vida de um homem em que ele acha a sociedade que anda sobre quatro patas um alívio bem-vindo àquela que anda sobre dois pés”.
John Herncastle, em A pedra da lua (1868), vive recluso com seus animais, e o conde Fosco, em A mulher de branco (1860), está constantemente cercado por seus pássaros e ratos. Descrevendo o spaniel ferido no mesmo livro, o diário de Marian Halcombe registra sua defesa a um pobre animal fraco, indefeso e mudo, como uma das mais tristes visões que o mundo pode mostrar. Ainda em As folhas caídas, Collins critica “o prazer insaciável anglo-saxão em matar pássaros” e seu personagem Allan Armadale, de sua obra Armadale (1866), observa: “Eu poderia desfrutar de um passeio a cavalo sem galopar atrás de uma raposa fedorenta miserável ou uma lebrezinha distraída”.
Em praticamente todos os livros de Collins há um animal, ou personagens que usam suas falas em defesa das vidas inocentes. Portanto, não é incomum que uma pessoa assim escrevesse um livro em homenagem ao seu melhor e mais fiel amigo.
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