Anne Hereford

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Inicialmente, Wood parecia escrever apenas pelo prazer de ver suas histórias impressas, mas, por volta de 1856, Henry Wood sofreu algum fracasso comercial. As circunstâncias exatas são imprecisas, mas o casal e seus filhos voltaram da França para morar em quartos alugados em Upper Norwood, em Londres. Os Woods nessa época estavam com pouco dinheiro, e a rasa remuneração que Wood recebia por suas histórias mensais não era mais suficiente. Diz-se que Wood pediu a Ainsworth que permitisse que ela escrevesse um romance para um de seus diários, mas por alguma razão ele não aceitou.

Nessa mesma época um amigo lhe mostrou um anúncio que oferecia cem libras por um romance que melhor exemplificasse os princípios da temperança. Embora grande parte do limite de 28 dias já tivesse expirado, Wood planejou e escreveu seu livro a tempo de cumprir o prazo.

Se East Lynne (O pecado de lady Isabel) causou arrependimento nos editores que o recusaram? Certamente, pois ele se tornou um best-seller vitoriano, com seu enredo elaborado e implausível, centrado em infidelidade e identidade dupla. Houve inúmeras adaptações para o palco e cinema. Para o palco foi adaptado incontáveis vezes; o enredo era tão popular que as companhias faziam uma apresentação sempre que precisavam de receita garantida. Tornou-se tão comum, que os teatros, após uma peça mal-recebida, acalmavam o público com a promessa esperançosa, “Na próxima semana, East Lynne!” O roteiro foi encenado com tanta frequência, que a crítica Sally Mitchell estima que alguma versão foi vista pelo público na Inglaterra ou América do Norte todas as semanas por mais de quarenta anos. No cinema e televisão, East Lynne teve inúmeras adaptações. Houve muitas versões em filmes desde 1930. Em 1931, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Houve outra adaptação para o cinema em 1952, e várias adaptações para a televisão. A história foi refilmada pela última vez em 1982, em uma
produção da BBC repleta de estrelas, estrelando, entre muitos outros, Martin Shaw, Gemma Craven, Lisa Eichhorn, Jane Asher, Annette Crosbie e Tim Woodward. Uma pequena amostra do sucesso que a obra de Wood faz até os dias atuais.

O CENÁRIO DE ANNE HEREFORD

Outra grande semelhança com Jane Eyre é Chandos House –, pertencente à família de um baronete –, e Thornfield Hall, pertencente a Mr. Edward Rochester

Em 1866, a reputação da recém-criada revista Argosy foi prejudicada pela sociedade hipócrita londrina, que achou que um romance sobre bigamia de Charles Reade – Griffith Gaunt, ou ciúme – fosse sexualmente avançado para a época. O fraco editor da revista, Alexander Strahan, ficou horrorizado com a reação do público e vendeu a revista em outubro de 1867 para Wood. Em dezembro de 1867, começaram a aparecer os primeiros capítulos do novo romance de Wood, Anne Hereford.

Anne Hereford é bastante incomum entre os romances de Wood, pois assume a forma de uma narrativa em primeira pessoa. É um conto de uma jovem órfã solitária em uma mansão sombria, que compartilha muitas semelhanças com Jane Eyre. É impressionante a semelhança entre Anne Hereford e a obra de Brontë! Se pegarmos o enredo de Jane Eyre e apenas mudarmos os nomes, nascerá Anne Hereford.

Pegamos uma sinopse de Jane Eyre (da Itatiaia) e apenas mudamos os nomes próprios e pequenos detalhes. Leiam:

Anne Hereford é a autobiografia ficcional da personagem principal. A narrativa acompanha a personagem Anne Hereford da infância à vida adulta. Durante sua trajetória, ela mora em diversas casas que foram importantes para o desenvolvimento de sua personalidade e de seus valores morais. Em um primeiro momento, Anne é apresentada enquanto uma menina órfã de 11 anos, honesta, franca e inteligente, que vive na mansão de Mr. Edwin Barley, em Hallam, sob a tutela de sua tia. Após uma tragédia, Anne é enviada para uma escola de Miss Fenton, onde conhece a rejeição e a fome. Sua educação é rigorosa e ela passa por diversas transformações durante os anos em que vive na instituição. Depois da escola de Miss Fenton, Anne é enviada à França para terminar sua educação. Depois, ela resolve seguir outros caminhos, aceitando trabalhar como preceptora das jovens Palers, em Paris. [Interrompemos a adaptação da sinopse aqui, pois nesse trecho entram as inovações de Mrs. Henry Wood].

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