EMMELINE

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Uma obra-prima com elementos góticos

Emmeline, lançado em 1788 pela autora inglesa Charlotte Smith, traz a história de uma ingênua moça que morava em um distante castelo no País de Gales. O nome da heroína é que dá título à obra.

Emmeline Mowbray vivia em uma época em que uma promessa era como uma assinatura. Negligenciada pelo tio e tutor, lorde Montreville, a órfã que fora criada reclusa no Castelo Mowbray por uma governanta, teve que abandoná-lo quando sua cuidadora morreu e seu primo, lorde Delamere, decidiu que se casaria com ela contra a vontade de sua família. Obrigada por seu tio a fugir de Delamere, que com uma paixão avassaladora tencionava sequestrá-la para se casarem na Escócia, Emmeline conhece lady Adelina, cuja história de vida poderá mudar toda a sua história.

Uma órfã negligenciada

Como era moda na época escrever sobre órfãs, e podemos citar aqui dezenas e mais dezenas de obras que trazem o mesmo mote, por exemplo, apenas do século XIX na Inglaterra: Evelina, de Frances Burney; Cecilia, de Frances Burney; Pamela, de Samuel Richardson; Amanda e Oscar (Os Filhos da Abadia), de Maria Regina Roche; Belinda, de Maria Edgeworth. Os Mistério de Udolpho em que Ann Radcliffe traz Emily, também uma órfã. A lista é interminável. Portanto, Charlotte Smith não inovou, trouxe Emmeline Mowbray, uma possivelmente ilegítima e negligenciada órfã do Castelo Mowbray.

A heroína é marginalizada, não apenas por ser considerada ilegítima, mas também pela distância física do remoto castelo galês onde cresceu. A jovem é, no decorrer da trama, cercada por pretendentes e repelida por patriarcas avarentos e desonestos.

Trata-se, como averiguamos, de um romance autobiográfico de Charlotte Smith e, como um ótimo folhetim daquela época, traz as emoções esperadas de um romance de corte do século XVIII: rapto, duelos e uma “princesa dos contos de fadas”.

A obra alerta quanto os perigos do envolvimento e do casamento precoce, e desafia o sistema social e jurídico a que as mulheres inglesas e galesas estavam sujeitas. Emmeline ainda traz uma crítica perspicaz e desmistifica as relações de poder que prevaleceram na Grã-Bretanha patriarcal do século XVIII.

QUEM FOI CHARLOTTE SMITH?

Charlotte Smith, (1749-1806), foi uma romancista e poeta inglesa muito elogiada pelo também romancista e poeta Sir Walter Scott, e é considerada uma escritora do Romantismo. Sua escrita em relação à natureza lembra a de William Cowper, ao celebrar os pequenos e simples prazeres do campo inglês. Suas atitudes radicais em relação à moralidade convencional (o romance Desmond fala do amor inocente de um homem por uma mulher casada), e ideias políticas de igualdade de classes, inspiradas pela Revolução Francesa, deram-na notoriedade na reta final de sua vida.

Antes disso, o marido de Smith, endividado, fugiu para a França para escapar de seus credores. Lá, a autora se juntou a ele, e graças a seus esforços puderam retornar à Inglaterra. Em 1787, porém, Charlotte se separou e começou a escrever para sustentar os doze filhos. Além de Emmeline ou A Órfã do Castelo (1788), são de sua autoria: Ethelinde ou A Reclusa do Lago (1789); Desmond (1792); A Velha Mansão (The Old Manor-House – 1793) e outros. 

Uma boa notícia: a Pedrazul trará, em breve,  A Velha Mansão.. Mas essas obras clássicas estão sendo lançadas em um clube exclusivo, o www.clubedeleitorespedrazul, mas qualquer pessoa pode acessar o site e fazer parte. Vale muito, pois a Pedrazul entrega dois livros a cada Kit, e as obras são inéditas e exclusivas.

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